Brazil
Jornalista, preta, feminista e nerd nas horas vagas.
Em sua coluna de estreia, Paula Silva comenta a importância do filme para as crianças negras: "fico pensando em todos os pretinhos e pretinhas que se sentiram heróis e heroínas nas salas de cinema" Eu confesso que não sou uma cinéfila maluca por filmes, e muito menos tenho sensibilidade para escrever uma crítica floreada e mais ou menos gentil sobre algum produto da sétima arte made in Hollywood.
"A corda sempre arrebenta pro lado mais fraco. E com certeza, não é pro lado branco", escreve nossa colunista Paula Silva Mataram mais uma das nossas ontem. Não foi um assalto. Não foi uma tentativa de. Não foi simplesmente um crime cotidiano. Foi uma execução. Um crime hediondo. Covarde. Hostil.
M arielle Franco era uma das 32 vereadoras negras eleitas no Brasil em 2016. Trinta e duas vereadoras de um total de 811 vereadores. Além da avalanche de protestos nas ruas e redes sociais, o assassinato e do motorista Anderson Pedro Gomes levanta discussões sobre a sub-representação de pessoas negras na política.
Eu escrevi neste texto que é preciso parar com esse pensamento de que mulheres negras são fortes o tempo todo. E, aqui, quero aprofundar essa questão de uma forma bem simples e muito pessoal. Existe um mundo pré e um outro pós-militância.
A última que me deixou com os nervos à flor da pele e fazendo com que eu revisse todas as minhas amizades no Facebook foi a enxurrada de memes e piadas de extremo mau gosto - não, racistas mesmo -...
Esses dias o Pinterest mostrou pra mim o porquê que eu sempre passo raiva em todo 8 de março: a tag dia da mulher lembrancinha apresenta vários pins comsugestões de "presentinhos" incríveis para nós - esmaltes, lixas para unhas, espelhos, tulipas de papel presas às mesmas lixas (coloridas) de unhas, sacolinhas estampadas com esmaltes e uma mensagem genérica escrita com alguma fonte cursiva do Canva.
Eu amo o universo nerd/otaku. Amo mesmo. E também odeio. Odeio mesmo. Vivendo nesse universo como uma mera admiradora e consumidora, é muito comum ver coisas que eu queria desver. Ou desler. Todo dia tem uma turminha bem tóxica que protagoniza momentos tão desagradáveis que, olha...
Uma batida dançante misturada com algum sample de alguma música da Chic e a voz de alguma cantora japonesa da década de 80 começou a tocar na minha playlist favorita de Vaporwave que costumava ouvir enquanto eu me ocupava de responder e-mails no antigo trabalho.
Semana passada, a rapper Azealia Banks relatou, no Stories de sua conta no Instagram, que fora dopada em uma festa e estuprada. Ela pediu a ajuda de seus fãs e foi prontamente atendida por alguns. O caso foi divulgado em vários portais de notícias e sites de cultura pop.