Repórter Brasil
Repórter investigativo focado em direitos humanos, política, conflitos no campo, meio ambiente e mineração. É fellow do Rainforest Investigations Network do Pulitzer Center para a Repórter Brasil, onde trabalha desde 2018. É também colunista no site da revista Carta Capital. Ganhou vários prêmios de jornalismo, entre eles o Prêmio Vladimir Herzog (2022 e 2020). Trabalhou em grandes jornais como Folha de São e Estado de Minas, além de publicar em veículos internacionais e nacionais como The Guardian, BBC, Al Jazeera, Mongabay, El País, Revista Piauí, Estado de São Paulo e UOL. Formado em jornalismo pela PUC Minas, em 2003. Foi diretor da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e foi vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais.
Repórter Brasil
Revelamos como o ouro ilegal sai da Amazônia e termina no seu celular ou computador. As 4 empresas mais valiosas do mundo foram o destino final do produto de duas refinadoras, a italiana Chimet e a brasileira Marsam, que têm produção contaminada por metal extraído de garimpos clandestinos
A Marsam Refinadora, que processa ouro de empresa investigada por comprar o metal extraído ilegalmente de terras indígenas brasileiras, perdeu o selo de qualidade da RMI (Responsible Minerals Initiative), entidade usada pelos gigantes da indústria mundial para garantir fornecedores "sustentáveis" do metal.
O empresário Dirceu Santos Frederico Sobrinho é antigo conhecido dos procuradores e policiais federais do Pará e de Roraima. Dono de garimpos, mineradoras e empresas que negociam ouro, ele é investigado por comprar o metal de garimpos ilegais na Terra Indígena Yanomami (RR), Munduruku e Kayapó (PA).
Partindo de Rondônia, cruzando o Amazonas e o Pará e avançando por Mato Grosso, a Repórter Brasil percorreu 5.000 km para ver as regiões mais queimadas e devastadas durante o governo Bolsonaro, onde o agronegócio impulsiona três grandes obras de infraestrutura - e a predação ambiental
Moradores de duas comunidades cheias de semelhanças com o livro 'Torto Arado' relatam como ação da Brazil Iron vem rachando casas, matando roças e acabando com o modo de vida tradicional; mineradora chamou a polícia para equipe da Repórter Brasil
Quando o indigenista Bruno Pereira foi assassinado no Vale do Javari, no Amazonas, em 5 de junho, ele tinha um encontro marcado. Viajaria até a Terra Indígena Araribóia, no Maranhão, para promover um intercâmbio entre os defensores dos dois territórios.
Drones, helicópteros, homens desfilando em picapes com armas de grosso calibre e uma milícia rural que atua com o aval do secretário de segurança do governo de MG avançam sobre comunidades tradicionais nas margens do rio São Francisco
Reportagem especial multimídia traz raio-x inédito da violência e da impunidade no campo diante do assassinato de 31 indígenas e sem-terra no 1º ano do governo Bolsonaro
Após luto e covid, o cacique Raoni Metuktire conta que está pronto para retomar a luta; em entrevista exclusiva, ele afirma que entre as primeiras batalhas está ir a Brasília pressionar Alexandre de Moraes e o restante do STF a vetar o Marco Temporal
Passados mais de dois anos do chamado "Dia do Fogo", quando fazendeiros e empresários do sudoeste do Pará se articularam para queimar a floresta amazônica, ninguém foi preso e as investigações policiais não deram em nada. Junto com a impunidade brota a soja.
O vazamento de uma megaoperação conjunta da Polícia Federal, Ibama e Funai para combater o garimpo ilegal em terras indígenas no Pará provocou uma corrida do ouro às avessas. Com informações de que os fiscais chegariam nos próximos dias a Jacareacanga, no sudoeste do estado, garimpeiros se movimentavam para esconder o maquinário usado na extração clandestina de ouro em territórios dos Munduruku e em áreas de conservação.
"Você é aquele cara que o Bolsonaro xingou?", perguntou certa vez um brigadista a Dom Phillips, jornalista inglês que está desaparecido no Vale do Javari (AM), juntamente com o indigenista Bruno Pereira. Dom e eu estávamos na Reserva Biológica Nascentes Serra do Cachimbo, na divisa do Mato Grosso com o Pará, quando a pergunta surpreendeu o jornalista.
Investigação conjunta da Repórter Brasil e do The Guardian percorreu duas florestas protegidas na região de Novo Progresso, no Pará, alvo de queimadas no ano passado, e encontrou desmatadores reincidentes que não pagam multas ambientais. Entre eles, um fiscal ambiental do Paraná e uma ex-candidata a vereadora.
Dedos amputados, perda de visão e cirurgias na coluna são algumas das cicatrizes deixadas pela crescente produção de soja no Brasil. Apenas o transporte do grão da Cargill - um dos maiores conglomerados do agronegócio mundial - pelo rio Madeira, em Rondônia, deixa um legado de trabalhadores com lesões graves decorrentes de acidentes trabalhistas e de violações de normas de segurança.
Depois de rezar e cantar o hino nacional, o deputado federal Éder Mauro (PL-PA), candidato à reeleição, começa seu discurso dizendo que, caso a esquerda volte ao poder, o incesto será legalizado, "para que o pai possa casar com a filha".
Duas picapes pretas freiam bruscamente. Sete homens com camisetas negras pulam dos veículos empunhando pistolas e fuzis prontos para o disparo. Apontam na direção de dois camponeses que jogam sinuca diante de um bar na zona rural de Porto Velho (RO).
Três lavradores da Liga dos Camponeses Pobres (LCP), movimento social que luta pela "revolução agrária" em Rondônia, foram mortos durante ação policial na área rural de Porto Velho na última sexta (13).
Multas de R$ 24,7 milhões não foram suficientes para fazer a JBS parar de comprar gado de produtores que colaboram para a destruição da Amazônia.
O madeireiro e político Silvério Fernandes, cotado por Bolsonaro para assumir o comando do Incra na região do Xingu (Pará), encampa campanha acusatória contra padre Amaro, sucessor da missionária norte-americana assassinada em 2005
Investigação jornalística, com cinco reportagens, sobre ação de fazendeiros para queimar a floresta Amazônica. Finalista dos prêmios Gabriel Garcia Márquez e Vladimir Herzog.
Nos últimos 40 anos, as empresas da família de Paulo Carlos de Brito Filho fizeram 255 requerimentos para pesquisar minérios em áreas dentro ou no entorno de 42 terras indígenas. Mais de 95% dos pedidos é para encontrar ouro na Amazônia
O painel na parede do plenário da Câmara Municipal de Itaituba, no Pará, tem o desenho de um indígena ao lado de um garimpeiro e de toras de madeira. Boto, tartaruga e onça compõem a imagem. A pintura passa a impressão de uma possível harmonia entre a floresta e o garimpo, aludida pelas cores amenas.
Quem vê Euclides de Carli, um senhor de 74 anos, careca e de bigode grisalho, no comando de um bingo beneficente do Rotary Club em São José do Rio Preto não imagina que por trás da estampa de benfeitor está um latifundiário que colecionou inimigos e deixou um rastro de ódio por onde passou.
Condenado a 14 anos de prisão, Osnir Sanches trabalhou para a UDR e se diz arrependido. Líder da entidade, Nabhan Garcia, nega participação com milícias e adota políticas para desmontar reforma agrária
Conduta de Ivan Pinto da Silva é alvo do Ministério Público, da Corregedoria da Polícia Civil e da Secretaria de Segurança Pública do estado por desocupações violentas, sem ordem judicial, em Marabá, São Félix do Xingu e Anapu, onde novo ataque foi registrado neste mês
Justiça Federal concluiu, há um ano e três meses, que fazenda no norte do Mato Grosso pertence à União e determina criação de assentamento. Incra afirma que não pode cumprir por conta da suspensão da reforma agrária pelo governo Bolsonaro
Investigação conjunta revela que, apesar da Moratória da Soja, segue em vigor esquema para 'limpar' grão plantado ilegalmente em áreas da floresta no norte do Mato Grosso; Fiagril e Aliança compraram de uma produtora rural multada em R$ 12 mi por desmatamento, que venderam às multinacionais Cargill, Bunge e Cofco
Polícia Federal afirma que focos dos incêndios começaram em quatro fazendas - uma delas de propriedade de Pery Miranda Filho, que chegou a ser detido e teve relações comerciais com Reinaldo Azambuja (PSDB); há suspeita de que fazendeiros incendiaram o bioma para abrir pasto
Queimadas iniciadas em cinco propriedades do MT respondem pela destruição de área equivalente à cidade do Rio de Janeiro. Duas dessas fazendas são de pecuaristas que vendem gado para empresas da família Maggi (Amaggi e Bom Futuro), fornecedoras de gigantes como JBS, Marfrig e Minerva.
Ferramenta baseada em cruzamento de dados que revela como a atuação dos deputados federais prejudica o meio ambiente, os indígenas e os trabalhadores rurais
Entre os financiadores de campanha da deputada, que é líder da bancada ruralista, estão empresários rurais com interesses na mudança na lei para flexibilizar a aprovação de agrotóxicos – uma das bandeiras da parlamentar.
Caio Luiz de Almeida Vieira de Mello, que tomou posse há duas semanas, foi autuado 24 vezes em fiscalizações do Ministério do Trabalho na sua fazenda; funcionários trabalharam três anos sem carteira assinada e almoçavam próximos ao depósito dos pesticidas
A proximidade entre empresas mineradoras e políticos mineiros ficou explícita em casamento realizado há seis anos. Alguns dos convidados receberam doações das empresas do setor e participaram da elaboração de leis que reduziram critérios para fiscalização das barragens
Após cinco anos, fundação criada para reparar os danos aos atingidos pela lama constrói apenas 5 casas das 306 prometidas nas duas principais comunidades destruídas e pede pela 3º vez nova data para terminar as obras. MP quer multa diária por atraso e extinção da organização
Roberto Waack, diretor-presidente da Fundação Renova, criada em 2016 para reparar os danos ambientais e sociais provocados pelo rompimento da barragem de Mariana (MG), é um dos denunciados pelo Ministério Público Federal do Amazonas por participação em um esquema fraudulento de comércio ilegal de madeira na Amazônia.
A Vale propôs ao governo de Minas Gerais reduzir em cerca de R$ 30 bilhões o valor a ser pago em indenizações e reparações às vítimas e ao meio ambiente pelos danos provocados pelo rompimento da barragem de Brumadinho, que em janeiro de 2019 matou 270 pessoas e deixou 11 desaparecidas.
Norma assinada em dezembro de 2017 por Germano Vieira reduziu etapas do licenciamento ambiental. Vale se beneficiou da medida para fazer alterações na barragem da Mina de Córrego do Feijão, que rompeu ontem em Brumadinho deixando 34 mortos e 256 desaparecidos
Passados mais de 20 dias do rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) mantém escritório, refeitório e sala de treinamento funcionando abaixo das barragens do Vigia e Auxiliar do Vigia, em Ouro Preto.
Os moradores de Novo Progresso, no Pará, olham desconfiados para os lados quando questionados sobre o 'Dia do Fogo'. "Todo ano o pessoal queima a floresta", desconversam.
Inquérito da Polícia Civil conclui que fogo foi alastrado pelo vento; já investigação da Polícia Federal, que apreendeu documentos e celulares de empresários e fazendeiros de Novo Progresso (PA) não avançou - racha entre policiais e vínculo de suspeitos com políticos podem ter atrapalhado investigações
Três trabalhadores rurais sem-terra foram soltos nesta quarta-feira (23) após passarem 50 dias presos acusados por um delegado da Polícia Civil de terem participado do 'Dia do Fogo' - queimadas criminosas que triplicaram o número de focos de incêndio na região de Novo Progresso, no Pará, entre os dias 10 e 11 de agosto.
Com uma cuia de chimarrão em uma mão e um rádio-transmissor na outra, um senhor passa os dias sentado em uma cadeira de praia em Cachoeira da Serra (190 km de Novo Progresso, no Pará), na beira da BR-163, avisando os madeireiros sobre a chegada de veículos de órgãos de fiscalização ambiental.
Principal suspeito de ter articulado o 'Dia do Fogo', o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Novo Progresso (Pará), Agamenon Menezes, nega a existência de um ataque organizado para incendiar a floresta amazônica nos dias 10 e 11 de agosto. Para ele, o 'Dia do Fogo' foi uma invenção da imprensa para atingir o presidente Jair Bolsonaro.
A imagem do empresário Roberto Katsuda em Itaituba, principal cidade garimpeira da bacia do Rio Tapajós, no Pará, é de um benfeitor, que distribui picolés e brinquedos para crianças e presenteia com uma moto a vencedora de concurso de miss.
Márcio Rodrigues dos Reis sabia que corria risco de morte. Depois de se tornar um dos líderes dos sem-terra de Anapu (PA), onde a missionária americana Dorothy Stang foi assassinada em 2005, ele denunciou os fazendeiros que incendiaram casas, ameaçaram e expulsaram os sem-terra de um acampamento numa área de 32 km² disputada na Justiça.
As queimadas que destroem a Amazônia e chamam atenção mundial são apenas a face mais visível da exploração da maior floresta tropical do mundo. Por trás da derrubada da mata e do fogo, estão poderosos interesses econômicos: a criação de gado, o comércio ilegal de madeira e a produção de soja.
Para beneficiar pecuaristas, os deputados estaduais de Rondônia aprovaram uma lei que dizima duas áreas de reserva no entorno de Porto Velho. O estrago ambiental, caso sancionado pelo governador, vai retirar a proteção ambiental de 219 mil hectares da Reserva Extrativista Jaci-Paraná e do Parque Estadual Guajará-Mirim, o equivalente às áreas das cidades de São Paulo e Salvador somadas.
Gelson Dill (MDB), atual vice-prefeito da cidade paraense, chegou a fazer manobra para 'fingir' que área destruída não tinha relação com ele, dizem servidores do ICMBio.
Número de crianças internadas por conta da fumaça dobra em áreas amazônicas a partir de maio, início 'da seca', quando os incêndios destroem a floresta. Enquanto sistemas de saúde ficam sobrecarregados por pacientes com covid-19, queimadas na floresta devem aumentar neste ano
Antes das 19h, Osvalinda Pereira tranca a porta, fecha as janelas e não sai mais de casa no Projeto de Assentamento Areias, em Trairão, no Oeste do Pará. Ela e o marido, Daniel Pereira, estão jurados de morte. "A expectativa é de chegar alguém aqui e fazer o pior", diz a assentada.
Depois de participar da cerimônia para marcar um ano da morte de 10 trabalhadores rurais em Pau D'Arco, no Pará, a pequena Gabi, de 7 anos, lamenta que não poderia comemorar o seu aniversário. "Acho que nunca mais vou comer bolo", disse.
Cândido Matias da Silva, de 64 anos, mostra orgulhoso tudo o que plantou nos últimos 11 anos, em um terreno de 30 hectares em Eldorado dos Carajás, no Pará. Ele anda pelos canteiros e aponta para os pés de couve, alface, cebola e cheiro verde.
Trabalhadores rurais exaustos, intimidados por seguranças armados, correndo risco de acidentes e sem carteira de trabalho. A realidade nas fazendas de alguns deputados federais é o oposto das leis que eles são eleitos para criar. Dos 43 deputados federais que são sócios ou administradores de empresas rurais, 11 já foram autuados por violar a lei trabalhista - 25,6% do grupo.
Um quarto dos parlamentares que tomaram posse na última sexta-feira (1/02) foram financiados por executivos autuados pelo Ibama por infrações ambientais ou ligados a empresas que já estiveram na "Lista Suja" do trabalho escravo. São pelo menos 131 deputados federais e 17 senadores eleitos que receberam, ao todo, R$ 8,3 milhões em doações de campanha de empresários com a ficha socioambiental comprometida.
Pelo menos cinco deputados federais que foram rejeitados pelas urnas nas eleições ganharam cargos no segundo escalão do governo de Jair Bolsonaro. Além da derrota eleitoral, eles têm em comum o fato de fazerem parte da bancada ruralista - a chamada Frente Parlamentar da Agropecuária - e de terem atuação legislativa desfavorável ao meio ambiente e aos povos do campo.
Pelo menos 142 candidatos receberam doações, no valor total de R$ 10,7 milhões, de escravagistas. Entre os políticos financiados por fazendeiros e sócios e administradores de empresas que já estiveram na "lista suja" do trabalho escravo, estão os aspirantes aos governos de São Paulo, Minas Gerais e Goiás: Paulo Skaf (MDB), Antonio Anastasia (PSDB) e Ronaldo Caiado (DEM), respectivamente.
A reforma agrária durou menos de três dias no governo do presidente Jair Bolsonaro e não tem data para voltar a ser executada. As superintendências regionais do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) receberam, na última quinta-feira (3), memorandos determinando a interrupção de todos os processos para compra e desapropriação de terras.
Cinco dias após suspender a política de reforma agrária no país, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) voltou atrás e cancelou a paralisação, que prejudicava a criação de assentamentos rurais e a titulação de territórios quilombolas em todo o país.
Pela segunda vez neste ano, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) suspendeu a reforma agrária por tempo indeterminado no Brasil. Uma ordem do general João Carlos de Jesus Corrêa enviada nesta quarta-feira (27) para os superintendentes regionais do instituto determina a "expressa suspensão" das vistorias nos imóveis rurais.
"Era verde, ficou tudo preto e agora cinza", descreve Alessandra Guató sobre a mudança provocada pelo fogo na Terra Indígena Baía dos Guató, em Barão de Melgaço, no Pantanal mato-grossense. A reserva teve 88% de sua área atingida por incêndios entre janeiro e setembro, e hoje sofre para conseguir água já que a seca esvaziou um braço do rio local.
Aos 13 anos, Cecília Lima* aumentou sua carga de trabalho enrolando cigarros de palha durante a pandemia, já que fica mais tempo em casa com as aulas presenciais suspensas. "Sinto muita dor nas costas", reclama, enquanto trabalha sentada na calçada de sua casa, em Pitangui, a 130 quilômetros de Belo Horizonte.
Enquanto policiais do batalhão de choque batiam com os cassetetes em seus escudos, moradores sem-terra do acampamento Quilombo Campo Grande, na área rural de Campo do Meio (MG) salvavam, às pressas, livros, carteiras e quadros-negros da escola.
As seis casas destruídas durante a ação de despejo no acampamento Quilombo Campo Grande, em Campo do Meio, no Sul de Minas Gerais, serão reconstruídas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A escola Eduardo Galeano, que foi derrubada por tratores, também será refeita, segundo Tuira Tule, da coordenação estadual do MST.
A ampliação da posse de armas de fogo em propriedades rurais é uma medida que tende a tornar os conflitos no campo ainda mais violentos, segundo entidades ligadas aos sem-terra, indígenas e trabalhadores rurais. Aprovado na quarta-feira (21) pela Câmara dos Deputados, por 320 votos a 61, o projeto depende da sanção do presidente Jair Bolsonaro para começar a valer.
Suspeita é que colisão em automóvel de Maria Márcia de Melo foi intencional com objetivo de matá-la. As ameaças a ela se intensificaram desde que o Ministério Público pediu ao Incra para expulsar os invasores de assentamento em Novo Progresso, cidade palco do 'Dia do Fogo'
A Nespresso, marca controlada pela Nestlé, vai suspender a compra do café da fazenda Cedro II, que entrou na "lista suja" do trabalho escravo divulgada nesta quarta-feira (3) pelo governo federal. Compradora do mesmo produtor, a Starbucks informou que vai investigar o episódio e que, caso confirmadas as violações, pode também suspender relações comerciais com a fazenda Cedro II do Triângulo Mineiro.
Os trabalhadores que colhiam café na fazenda de Joair Aparecido de Oliveira, em Conceição de Ipanema, no Vale do Rio Doce em Minas Gerais, bebiam e cozinhavam com água retirada de um brejo, pois não tinham acesso à água potável e dormiam em colchões no chão de uma casa velha com janelas e portas precárias.
Fazenda da família de Carlos Augusto Rodrigues de Melo, no sul de Minas, foi alvo de fiscalização trabalhista em julho, onde foram constatadas irregularidades. Melo preside a Cooxupé, que fornece para gigantes como Starbucks e Nespresso, e que faturou R$ 5 bi em 2020
A mais nova "lista suja " traz uma fabricante da Coca-Cola e a Via Veneto, dona da marca de roupas Brooksfield Dona, entre as empresas e empregadores flagrados com trabalho escravo . Publicada hoje pelo Ministério do Trabalho, essas são apenas dois dos 50 novos integrantes da lista, que traz 209 empregadores no total.
Na Vaquejada de Serrinha, uma das mais tradicionais da Bahia, enquanto vaqueiros concorriam a prêmios de até R$ 50 mil e Anitta e Luan Santana eram as principais atrações do evento, 17 funcionários responsáveis por cuidar dos animais trabalhavam em situação análoga à escravidão.
"Matuto" e "esperto" são adjetivos que o empresário José Haroldo de Vasconcelos atribui a si mesmo no site de sua empresa, a Souza Paiol - maior fabricante de cigarros de palha do Brasil. O "matuto" e "esperto", contudo, foi responsabilizado por manter 116 trabalhadores escravizados na colheita de palha para os cigarros de sua empresa.
O presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta terça-feira (30) alteração das regras para a tipificação do trabalho escravo e, ao criticar a fiscalização, usou como exemplo uma inspeção no Ceará, em área de extração de carnaúba, que teria aplicado uma "tremenda de uma multa" ao produtor por ausência de banheiro químico.
Uma Medida Provisória (MP) repleta de emendas pode cortar proteções trabalhistas, reduzir a renda dos trabalhadores, criar categorias de empregados de "segunda classe" e atrapalhar a fiscalização de escravidão contemporânea caso sua conversão em lei seja aprovada pelo Congresso. O assunto está na pauta para votação desde o início de agosto, após o fim do recesso.
A ameaça de soterrar o complexo de grutas e cavernas onde foi encontrado o esqueleto mais antigo das Américas - o crânio de Luzia - levou o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) a paralisar as obras de uma fábrica da cervejaria Heineken em Pedro Leopoldo, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
O ruralista Celso Mânica doou R$ 100 mil para a campanha do senador Carlos Viana (PL), candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) ao governo de Minas Gerais. Celso é irmão de Antério e Norberto Mânica, condenados por tramarem a emboscada e o assassinato de quatro servidores do Ministério do Trabalho, em 2004.
Quem procura conhecer um pouco mais sobre a deputada federal Magda Mofatto (PL-GO) logo se depara com um vídeo da parlamentar empunhando uma metralhadora dentro de um helicóptero. Por trás da encenação, no entanto, há um histórico de violações contra trabalhadores. As empresas de Mofatto já receberam cinco multas por infrações trabalhistas, segundo dados do Ministério do Trabalho.
Se publicada, medida elaborada pelo Ministério do Meio Ambiente permitirá que áreas equivalentes ao tamanho do Parque Ibirapuera possam ser transformadas em hotéis e resorts sem controle prévio do Ibama. Servidores atribuem mudança a uma pressão do setor imobiliário e hoteleiro
Folha de São Paulo
O enredo do calvário que levou Luiz Inácio Lula da Silva à prisão neste sábado (7) ganhou o rito que faltava quando aliados próximos ao ex-presidente encaixaram uma missa em homenagem a Marisa Letícia como último passo antes de sua entrega à polícia.
Falta de regulamentação que depende da assinatura do presidente Michel Temer trava a liberação de R$ 18,4 bilhões em empréstimos a empresas no Nordeste e em cidades mais pobres de Minas Gerais e Espírito Santo. Após reportagem, dinheiro foi liberado.
O governo federal publicou nesta quinta-feira (22) o decreto que destrava recursos de R$ 18,4 bilhões para empréstimos a empresas do Nordeste e em cidades mais pobres de Minas Gerais e Espírito Santo. O dinheiro estava preso, pois faltava a regulamentação para cobrança das taxas de juros dos financiamentos com recursos dos fundos constitucionais.
Os principais suspeitos pelo " dia do fogo", ocorrido nos dias 10 e 11 de agosto, são fazendeiros, madeireiros e empresários, segundo investigações das polícias Civil e Federal a que a Repórter Brasil teve acesso. Também segundo a polícia, os responsáveis fizeram uma "vaquinha" para pagar os custos do combustível -uma mistura de óleo diesel com gasolina-, usado para alastrar as chamas.
Três trabalhadores rurais sem-terra foram soltos na quarta-feira (23) após passarem 50 dias presos acusados por um delegado da Polícia Civil de terem participado do 'dia do fogo', quando queimadas criminosas ocorreram na região de Novo Progresso, no Pará, entre os dias 10 e 11 de agosto.
Após 10 anos de despejos e ameaças, sem-terra têm decisão favorável da Justiça pela reforma agrária, e governo não cumpre
Entrar no Pantanal sul-mato-grossense, próximo a Corumbá, é encarar uma vegetação destruída pelo fogo e tomada pelas cinzas. Não há nenhum sinal de azul no céu, apenas fumaça e fuligem. Ao investigar a origem desses incêndios, a Polícia Federal chegou a quatro pecuaristas da região, que teriam colocado fogo em suas fazendas para abrir novos pastos.
Dos 43 deputados federais que são sócios ou administradores de empresas rurais, 11 já foram autuados por violar a lei trabalhista. Todos concorrem na eleição -10 para a Câmara, 1 para o Senado. Dois deles foram flagrados com trabalhadores em situação análoga à escravidão e outros cinco com funcionários sem carteira assinada.
As 31 vítimas da violência no campo no Brasil no primeiro ano do governo do presidente Jair Bolsonaro têm nome, sobrenome e famílias agora desamparadas. O que elas não têm é justiça.
Com as aulas suspensas devido à pandemia do novo coronavírus, Cecília Lima*,13 anos, aumentou sua carga de trabalho enrolando cigarros de palha durante a pandemia. Ela reclama de dor nas costas enquanto trabalha sentada na calçada de sua casa, em Pitangui, a 130 quilômetros de Belo Horizonte.
O recém-nomeado ministro do Trabalho, Caio Luiz de Almeida Vieira de Mello, foi autuado 24 vezes em fiscalizações do Ministério do Trabalho por infrações trabalhistas, entre 2005 e 2013, em sua fazenda, em Conceição do Rio Verde, no Sul de Minas Gerais.
Em delicada situação fiscal provocada pela forte recessão e pelo alto endividamento turbinado por grandes eventos públicos, os estados seguiram os tristes passos do governo federal e cortaram quase R$ 23 bilhões em investimentos em 2017 na comparação com o teto de 2014. Os dados constam de relatório da IFI (Instituição Fiscal Independente), do Senado.
A falta de dinheiro para investir em saúde, educação, segurança e grandes obras tem levado o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), a usar boa parte de sua agenda pública em cerimônias de entrega de viaturas, ambulâncias e ônibus escolares.
Divulgação/ Prefeitura de Janaúba Mural na volta às aulas de creche em Janaúba (MG) incendiada por vigia; ataque deixou 11 mortos DANIEL CAMARGOS COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM BELO HORIZONTE Quando os gêmeos, filhos de Joaquina e Patrocino Soares dos Santos, nasceram em Porteirinha, norte de Minas, a escolha de batismo foi homenagear os santos Cosme e Damião, considerados protetores das crianças.
Torcidas brasileiras inovam com adaptações de músicas e repetem xingamentos homofóbicos e incitação à violência nos estádios O que, afinal, cantam os torcedores nos estádios do Brasil? A Folha foi para a arquibancada para tentar responder. Acompanhamos pelo menos um jogo de cada um dos 20 times da Série A do Brasileiro.
Estado de Minas
Cidade criada por Henry Ford há quase 90 anos, no Pará, está esquecida. Imóveis eram esperança dos órgãos públicos para o processo de tombamento, mas foram invadidos por colonos e começam a ser modificados (reportagem finalista do Prêmio Esso em 2015)
Especial com depoimentos de sobreviventes do rompimento da barragem da Samarco, em Mariana
Série de reportagens sobre os impactos da construção da Ferrovia do Aço na vida dos moradores das cidades cortadas pela obra
Reportagem que provocou a preservação do Morro do Engenho, em Congonhas.
O fracasso dos negócios do irmão do terrorista em Minas Gerais e na Bahia.
Reportagem segue o rastro dos caminhões que traficam o queijo minas
Na luta contra a ditadura, Wellington Diniz assaltou, foi acusado de assassinatos, preso, torturado, exilado, foi segurança de Lamarca e Fidel e fez cinema com Rosselini. Calado desde a abertura política, ele agora conta a sua história, às vésperas de ser julgado em BH pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça
Perfil de Amadeu Felipe, que comandou a Guerrilha do Caparaó.
Reportagem encontra o motorista do ônibus que bateu no carro de JK.
Reportagem sobre culto religioso que funde Umbanda e Santo Daime
Podcats
Ao lado da sepultura de Dorothy Stang há uma cruz vermelha com o nome de 19 pessoas. Todas assassinadas. Ali, às margens da Transamazônica, a missionária norte-americana foi executada em 2005. Passados 15 anos, a disputa fundiária segue derramando sangue.
A cidade paraense conhecida como ‘terra da morte anunciada’ faz mais uma vítima sindicalista
O assassinato de Paulo Paulino Guajajara ganhou repercussão internacional - ao contrário da maioria dos que morrem no campo, na floresta, na luta. Mas as invasões à Arariboia, a Terra Indígena que ele protegia no Maranhão, continuam.
No Paraná, briga de bar costuma ser a explicação da polícia para a morte dos Avá-guarani. Mas as causas da violência contra indígenas no estado vão bem além.
Um ano após o assassinato de um militante do MST em um protesto, moradores esperam por justiça.
Vídeos
Partindo de Rondônia, cruzando o Amazonas e o Pará e avançando por Mato Grosso, a Repórter Brasil percorreu 5.000 km para ver as regiões mais queimadas e devastadas durante o governo Bolsonaro, onde o agronegócio impulsiona três grandes obras de infraestrutura – e a predação ambiental
Dedos amputados, perda de visão e cirurgias na coluna são algumas das cicatrizes causadas pela crescente produção de soja no Brasil. Apenas o transporte do grão da Cargill - um dos maiores conglomerados do agronegócio mundial - pelo rio Madeira, em Rondônia, deixa um legado de trabalhadores com lesões graves decorrentes de acidentes trabalhistas e de violações de normas de segurança.
O confronto entre policiais e Liga dos Camponeses Pobres em Rondônia, onde o bolsonarismo e a luta pela terra encontram seus extremos
Drones, helicópteros, homens desfilando em picapes com armas de grosso calibre e uma milícia rural que atua com o aval do secretário de segurança pública do governo mineiro avançam sobre comunidades tradicionais nas margens do rio São Francisco, no norte de Minas Gerais. Saiba mais neste vídeo que abre o especial multimídia vencedor do 42º Prêmio Vladimir Herzog
Moradores das comunidades tradicionais nas margens do São Francisco, no norte de Minas Gerais, lamentam as políticas adotadas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro, que travaram a reforma agrária e regularização fundiária. Já a representante dos produtores rurais está satisfeita com o presidente.
Famílias da comunidade pesqueira de Canabrava, no norte de Minas Gerais, tiveram suas casas e plantações destruídas por funcionários de um fazendeiro – sem decisão judicial
Brasnica Frutas Tropicais reivindica área ocupada por comunidade às margens do rio São Francisco e é acusada de barrar água que abastece lagoa de vazanteiros
Produção para o documentário do programa People & Power da Al Jazeera.
Produção e reportagem para vídeo sobre construção do dique S4, em Bento Rodrigues.
The Guardian, Piauí, El País, Estado de São Paulo, BBC Brasil, Vice, Brasil de Fato e Puntero Izquierdo
We found the first fire without looking, crackling and roaring on farmland beside the busy Amazon highway, the flames consuming a road sign with its name - BR-163 - lying in the grass. Trucks thundered past, ferrying soya and corn from the agricultural heartlands of Brazil's central-west to the ports of Santarém and Miritituba.
The cows grazed under the midday Amazon sun, near a wooden bridge spanning a river. It was an idyllic scene of pastoral quiet, occasionally broken by a motorbike growling on the dirt road that cuts through part of the Lagoa do Triunfo cattle farm to a nearby community.
Three of the world's biggest food businesses have been accused of buying soya from a farmer linked toillegal deforestation in the Brazilian Amazon. Cargill, Bunge and Cofco sourced soya beans from the Chinese-owned Fiagril and the multinational Aliança Agrícola do Cerrado, both of which have allegedly been supplied by a farmer fined and sanctioned multiple times after destroying swathes of rainforest, according to a new investigation.
The cows grazed under a hot sun near a wooden bridge spanning a river in the Amazon. The quiet was occasionally broken by a motorbike growling along a dirt road that cut through the sprawling cattle ranch.
The Amazon rainforest is still being burnt to make way for soya to feed the world's livestock, despite supposedly tough rules designed to prevent precisely this deforestation. An investigation has uncovered how three of the world's biggest food businesses have purchased soya from companies whose supply chains have been the subject of concerns over links to illegal deforestation and forest fires in the Brazilian Amazon.
However, talking to other traders about how much soya they are buying from particular farms would breach commercial guidelines, said Lisandro Inakake de Souza, coordinator for the Imaflora programme on climate and agricultural production chains. This raises the question of how traders can be sure a farmer is not exceeding its "clean" production limits by selling to multiple traders.
Dois anos após o desastre de Mariana, ex-moradores ainda frequentam as ruínas arrasadas pela lama e se negam a trocar os destroços por novas casas
Poucos conhecem a banda Hunimanos. Podem buscar no Google ou no YouTube, pois nem lá existem referências às 12 canções gravadas pelo sexteto sertanejo no disco com o nome do conjunto, em 1997.
Descrito pela família como esperto e carinhoso, fã de videogames e brincadeiras como quase todo menino de 10 anos, Thales Cruz fez sua primeira atividade externa como escoteiro no último dia 20 de agosto, em um parque na região da Pampulha, em Belo Horizonte. Seis dias depois, começou a sentir febre.
A deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS) recebeu doações de executivos diretamente ligados aos agrotóxicos na sua campanha de reeleição para o Legislativo. Neste ano, Cristina foi presidente da comissão especial da Câmara dos Deputados que aprovou projeto de lei que facilita a liberação dos agrotóxicos.
Euclides de Carli, dono de 13 empresas ligadas à venda e arrendamento de terras, oculta seu posto entre os maiores grileiros do país atrás da imagem de empresário filantropo
Na esquina das ruas Dona Olinda com Carlos Pinto, os fiéis aguardam o início da procissão em frente ao Açougue do Aguinaldo. A parede que restou da construção proporciona um pouco de sombra e alivia o calor provocado pelo sol abrasador.
Jogadores do União São Bento, time de Bento Rodrigues, distrito devastado pela lama da Samarco em Mariana (MG), perderam lar, empregos e até família, mas seguem fazendo do futebol um momento de congregação e alívio (reportagem finalista do Prêmio Petrobras de Jornalismo em 2016)
A ameaça de soterrar o complexo de grutas e cavernas onde foi encontrado o esqueleto mais antigo das Américas - o crânio de Luzia - levou o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) a paralisar as obras de uma fábrica da cervejaria Heineken em Pedro Leopoldo, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
It was discovered in July of this year that nineteen coffee harvest workers - who had migrated from Vale do Jequitinhonha, one of the poorest areas in the state of Minas Gerais - had almost one-third of their wages illegally deducted by bosses.
Flupy, famoso por vídeo em que arranha porta, enfrentou maus tratos de vizinhos antes do sucesso. Ele morreu quatro meses após virar meme. Crédito: Arquivo pessoal A trajetória de Flupy, o cão que faleceu meses após viralizar na internet, é uma emocionante fábula sobre o lado oculto dos virais.
Para beneficiar pecuaristas, os deputados estaduais de Rondônia aprovaram uma lei que dizima duas áreas de reserva no entorno de Porto Velho. O estrago ambiental, caso sancionado pelo governador, vai retirar a proteção ambiental de 219 mil hectares da Reserva Extrativista Jaci-Paraná e do Parque Estadual Guajará-Mirim, o equivalente às áreas das cidades de São Paulo e Salvador somadas.
UOL
Dedos amputados, perda de visão e cirurgias na coluna são algumas das cicatrizes causadas pela crescente produção de soja no Brasil. Apenas o transporte do grão pelo rio Madeira, em Rondônia, deixa um legado de trabalhadores com lesões graves decorrent
O secretário de Meio Ambiente de Minas Gerais, Germano Luiz Gomes Vieira, assinou em dezembro de 2017 norma que alterou os critérios de risco de algumas barragens, o que permitiu a redução das etapas de licenciamento ambiental no estado. A medida possi
O Ministério do Meio Ambiente elaborou um decreto, ainda não publicado, que reduz a proteção da Mata Atlântica e facilita a liberação de licenças ambientais para a construção de empreendimentos, como hotéis e condomínios, no bioma mais desmatado do país.
"Já vendemos 600 escavadeiras para os garimpeiros", celebrou Roberto Katsuda, o maior revendedor das máquinas na região de Itaituba, principal cidade mineradora da bacia do Rio Tapajós, no Pará. Com custo entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão cada, as escavad
A Nespresso, marca controlada pela Nestlé, vai suspender a compra de café da fazenda Cedro II, que entrou na "lista suja" do trabalho escravo divulgada ontem pelo governo federal. Compradora do mesmo produtor, a Starbucks informou que vai investigar o episódio e que, caso confirmadas as violações, pode também suspender relações comerciais com a fazenda, que fica no Triângulo Mineiro.
Conflito por terra no norte de MG revela ação de grupos armados e expõe vácuo na política agrária do país
A Vale propôs ao governo de Minas Gerais reduzir em cerca de R$ 30 bilhões o valor a ser pago em indenizações e reparações às vítimas e ao meio ambiente pelos danos provocados pelo rompimento da barragem de Brumadinho, que em janeiro de 2019 matou 270
Um quarto dos parlamentares que tomaram posse na última sexta-feira (1/2) foi financiado por executivos autuados pelo Ibama por infrações ambientais ou ligados a empresas que já estiveram na "lista suja" do trabalho escravo. São pelo menos 131 deputados federais e 17 senadores eleitos que receberam, ao todo, R$ 8,3 milhões em doações de campanha de empresários com a ficha socioambiental comprometida.
Roberto Waack, diretor-presidente da Fundação Renova, criada em 2016 para reparar os danos ambientais e sociais provocados pelo rompimento da barragem de Mariana (MG), é um dos denunciados pelo Ministério Público Federal do Amazonas por suposta participação em um esquema fraudulento de comércio ilegal de madeira na Amazônia.
Sucessor de Dorothy Stang, o padre Amaro Lopes, da CPT (Comissão Pastoral da Terra), concede entrevista pela primeira vez desde que foi preso, em março deste ano. Amaro ajuda a organizar os trabalhadores rurais no Sudoeste do Pará e é acusado de cinco crimes pelo Ministério Público.
A mais nova "lista suja" do trabalho escravo no Brasil traz uma fabricante da Coca-Cola e a Via Veneto, dona da marca de roupas Brooksfield Donna. Ambas haviam sido flagradas pelo Ministério do Trabalho em 2016, e agora aparecem entre os 50 novos integrantes do cadastro, que traz 209 empregadores no total.
Na Vaquejada de Serrinha, uma das mais tradicionais da Bahia, enquanto vaqueiros concorriam a prêmios de até R$ 50 mil e Anitta e Luan Santana eram as principais atrações do evento, 17 funcionários responsáveis por cuidar dos animais trabalhavam em situação análoga à escravidão.
Apesar de trabalhar como fiscal ambiental do governo paranaense, Paulo José Parazzi de Andrade é um dos responsáveis pela destruição de uma área protegida na Amazônia na divisa do Pará com o Mato Grosso. Após derrubar parte da Reserva Biológica Nascent
Ao permitir aumento da jornada dos profissionais da saúde e redução do tempo de descanso, a medida provisória 927, editada pelo presidente Jair Bolsonaro no domingo (22), tende a deixar enfermeiros sobrecarregados e ainda mais expostos ao novo coronavírus.
Número de crianças internadas por conta da fumaça dobra em áreas amazônicas a partir de maio, início 'da seca', quando os incêndios destroem a floresta.
A nova "lista suja" do trabalho escravo, divulgada hoje pelo Ministério da Economia, traz 48 novos empregadores. A Animale, marca de roupas de luxo que subcontratou costureiros imigrantes bolivianos e os submeteu a jornadas de mais de 12 horas por dia
Indígena Pataxó está isolada na aldeia Coroa Vermelha, no sul da Bahia, com sintomas - ela teve contato com turistas estrangeiros. Etnias temem impacto da pandemia em comunidades indígenas após cortes orçamentários feitos pelo governo no atendimento médico às aldeias Uma indígena Pataxó está isolada dentro de casa, na aldeia Coroa Vermelha, em Santa Cruz Cabrália, no sul da Bahia, aguardando o resultado do exame para covid-19, o novo coronavírus.
Dois anos após ser penalizada por comprar gado de áreas desmatadas ilegalmente, empresa ainda adquire animais de fornecedor que pratica o crime. Cerca de 580 mil campos de futebol são derrubados anualmente no país para serem transformados em pastagem, diz consultoria. A JBS afirma que "fatos não condizem aos padrões da empresa".
Local onde crânio de Luzia, o mais antigo da América do Sul, foi encontrado está ameaçado por construção da cervejaria, segundo fiscais do ICMbio, que pode até soterrar uma das cavernasA ameaça de soterrar o complexo de grutas e caverna
Cerca de 30% do salário de 19 colhedores de café, migrantes do Vale do Jequitinhonha (MG), foi descontado ilegalmente de seus contracheques pela família do presidente da maior cooperativa de café do mundo, a Cooxupé. O valor cobrado dos trabalhadores era referente à aquisição de máquinas e combustível para a colheita do grão -prática proibida pela legislação trabalhista.
O atual vice-prefeito de Novo Progresso, no Pará, e pré-candidato à prefeitura neste ano, Gelson Dill (MDB), foi multado em R$ 4 milhões nesta semana por desmatamento ilegal de 174,5 hectares no Parque Nacional do Jamanxim. A multa foi aplicada pelo IC
Ninguém foi preso ou sequer indiciado um ano depois do 'Dia do Fogo', ataque organizado por produtores rurais e empresários de Novo Progresso (PA), que triplicou os focos de incêndio no sudoeste do estado nos dias 10 e 11 de agosto de 2019.As in